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Mochila - Guia de Compra e Reflexões

Com frequência as pessoas me procuram em alguma das páginas do canal para pegar dicas de qual equipamento comprar. Para não ficar repetindo sempre a mesma coisa, eu optei por consolidar esse material aqui. Uma série de três textos irá ajudar na escolha dos três maiores e mais pesados equipamentos para longas caminhadas com pernoite: saco de dormir, barraca e mochila. Esse primeiro irá falar sobre mochilas.


O texto tem foco naquele montanhista que já tem equipamentos ruins (e pesados) e quer melhorar, ou naquele que já quer começar comprando equipamentos bons e leves. E veja bem, esse texto não tem foco no equipamento mais barato disponível, e sim no custo benefício bom ou nos melhores. O foco do texto também dá mais destaque para a acessibilidade ao equipamento, ou seja, possibilidade de compra sem as taxas elevadas de importação dos equipamentos Europeus e Estatunidenses (costumam ser taxados em algo entre 60% e 100% do valor quando acima de 50$). Apesar disso, os equipamentos da China tem entrado no Brasil sem ser taxados em sua grande maioria e serão parte desse guia. Aliás, hoje o mercado Chinês é o que oferece alguns dos melhores equipamentos em relação ao custo/benefício. Nos EUA e Europa é possível comprar os equipamentos considerados "premium", mas não costumam oferecer as melhores opções no custo/benefício (ocorrem exceções, que serão mostradas aqui).


Mochilas Ultrapassadas


Para iniciar, talvez seja a hora de se livrar daquela cargueira com mais de 2kg e as vezes até 3kg. Elas ainda tem valor no mercado livre e OLX, os equipamentos são ativos, você pode comprar, vender ou doar para alguém iniciando, você não irá transformar em lixo o equipamento ao comprar um novo. A imagem abaixo mostra a minha primeira mochila de travessias. Para quem tá em 2022, esse equipamento é completamente inadequado e ultrapassado para trilhas e longas caminhadas no BR, apesar de ainda ser marketeado como equipamento adequado para trekking. Para facilitar a compreensão em relação ao peso de mochilas eu fiz esse vídeo abaixo em 2019 dividindo elas em categorias. Assista para entender melhor a grandeza dos pesos e entender melhor a explicação a seguir. E entenda que usar mochila leve não é abrir mão de conforto (É O CONTRÁRIO) e durabilidade.


Eu com minha ultrapassada cargueira 65+15 de 3kg no Ibitiraquire em 2010


Vídeo classificando as mochilas de acordo com o peso. Eu considero esse vídeo essencial para aterrissar em 2022.


Volume

Antes de entrar nos tipos de mochilas, vamos concordar que para trekking no BR e em climas de 3 estações, ninguém precisa de volume interno (isso não contabiliza o volume dos bolsos externos) maior do que 40L (isso já é MUITA coisa). Qualquer volume interno acima disso é desnecessário mesmo nas travessias mais longas (99,5% dos casos). Se você está precisando de mais volume do que isso, talvez seja melhor focar na troca de outros equipamentos (ex: barraca e saco de dormir) antes de pensar em comprar uma mochila nova. Em trilhas para quem já tem equipamentos leves e compactos, 25 a 35L internos costuma ser uma boa escolha de volume, menos do que isso eu considero dinheiro jogado fora, pois as mochilas de 20L, por exemplo, pouco reduzem peso e perdem a versatilidade de levar algo de maior volume eventualmente. O que você fará com um mochila de 20L, também fará com a sua de 25L ou de 35L, sem precisar ter uma mochila mini específica em casa. Na mesma linha de raciocínio, agora entra a questão do rolo superior, falado a seguir.


Rolo Superior

Uma característica que contribui com a versatilidade do volume das mochilas é o sistema de rolo superior, ele permite que as mochilas tenham volumes variados, um exemplo é a minha mochila Curve35 da marca LiteAF (link) mostrada na foto abaixo, o sistema de rolo dela permite o volume ser variado, nesse caso, tem 26L internos com o rolo até as alças, até 33L usando o rolo até o máximo possível. Ainda é possível usar cordeletes laterais de compressão para baixar para algo perto de 20L. Essa é a característica que faz com que mochilas muito pequenas sejam desnecessárias. A mochila abaixo pesa 395g, e eu já fiz travessias de até 7 dias autônomo de comida com ela. Se forçar mais um pouco, dá até 10 dias.


Na foto da esquerda está com o rolo superior retraído ficando com 26L interno. Na direita iniciando uma travessia com volume perto do máximo.


Material

Aqui é um ponto importante para fazer a palestrinha, pois muita gente acha que mochilas leves são frágeis. Esse é um tremendo equívoco, em especial no ano de 2022. Hoje, mochilas com nylon ripstop costumam ser muito baratas e absurdamente duráveis, a mochila da Alto Estilo Ultralight, por exemplo, usa um nylon ripstop impermeável de 250 denier, que é tremendamente forte. Algumas mochilas ainda optam por usar esse mesmo nylon ripstop combinado com um grid de UHMWPE (foto) para aumentar ainda mais a durabilidade. Essas mochilas tem vida absurdamente longa, principalmente se não tiverem ziperes na construção.


Mochilas que usam nylon ripstop. Na esquerda a mochila Ultralight da Alto Estilo em nylon 250 denier. No centro a mochila ArcAir da Zpacks com mistura de Nylon robic 210 e 100 denier. Na direita a mochila Burn 38L da MLD com nylon ripstop de 210 denier.


Ainda existem outros tecidos mais tecnológicos (laminados) que reduzem o peso e aumentam a impermeabilidade da mochila, mas que podem deixar essas mochilas UL mais frágeis do que o nylon, dois exemplos são o DCF 2.92 (link) e o LiteSkin (link), esses dois tecidos não são os mais fortes disponíveis, pois se usados em trilhas com muito atrito em pedra irão sofrer mais. Possuem vida util menor do que o nylon ripstop devido a delaminação que irá ocorrer no futuro. Ainda assim, a maioria das trilhas permitem o seu uso, pois não tem atrito significativo. Eu observei que o DCF 2.92 não é afetado por vara mato, mas sofre bastante em atrito intenso com rocha.


Com uma resistência um pouco melhor que esses dois materiais (e mais barato) vem o Xpac. Hoje, se eu fosse escolher um tecido entre esses três laminados (Xpac e os dois citados anteriormente), eu optaria pelo Xpac VX07 (link) apesar do peso um pouco maior. Os outros dois não valem o preço que custam atualmente. O Xpac tem custo benefício melhor. Nesse momento (2022), o DCF hídrido está deixando de ser usado pelas marcas. Existe uma novidade no mercado que ultrapassou ele!


Na esquerda a mochila da Hyperlite que usa DCF 2.92. No centro a mochila da Katabatic que usa Liteskin. Na direita a mochila Yue da marca 3F UL Gear que usa Xpac.


A novidade dos equipamentos UL é que surgiu um novo tecido conhecido como ULTRA, os mais usados são o Ultra100, Ultra200 e Ultra400 (as vezes são combinados na mesma mochila). A grande maioria das marca tem migrado para esses tecidos em suas linhas de ponta devido ao desepenho muito superior às escolhas antigas. Por exemplo, a cordura 500 denier que é usado na base da mochila da Alto Estilo (e é bem durável) é três vezes mais pesada que o Ultra100, e apesar disso, o Ultra100 é 2x mais resistente a rasgos e 2x mais resistente em relação a abrasão. Comparando o Ultra200 com o DCF híbrido 2.92, o Ultra200 é quase 8x mais resistente em relação a abrasão. Ou seja, se for investir, a nova onda "ultra" é o que tem de melhor. Esse tecido Ultra, até esse momento, só tem sido encontrado em mochilas feitas nos EUA e Europa.


Outro tecido que é absurdamente forte e pode ser comparado com o Ultra é o Venon (link), mas esse acaba sendo mais pesado e não é laminado, onde a impermeabilidade irá durar menos. Além disso, esse material não é vendido em atacado, sendo descartado pelas marcas. A única desvantagem do ULTRA é que em um futuro distante ocorrerá delaminação, apesar disso, a mochila continuará sendo funcional, mesmo com a redução da impermeabilidade.


Na esquerda a mochila da Desert Pack da Palante que usa Ultra400 e Ultra800. No centro a mochila Curve40 da LiteAF que usa Ultra200. Na direita a mochila Burn 38 que usa Ultra 200 e Ultra 400.


Resumindo: Se quer preço bom e durabilidade, eu recomendo o nylon ripstop. Se quer o que tem de melhor em relação a peso, durabilidade e impermeabilidade, eu optaria pelo ULTRA.


Estrutura

Agora vamos falar sobre estrutura de mochilas. Esse é um ponto que confunde muito, pois normalmente se divide as mochilas em estruturadas e não estruturadas. Eu prefiro dividir em três classes, como vou explicar a seguir. E depois isso, irei detalhar as opções de compra de mochila de cada uma das categorias.


a) Estrutura Própria: Essa é a categoria de mochilas mais usada e vai atender a maioria das pessoas, as categorias b) e c) são apenas para os nerdão dos equipamentos (eu e vocês que andam frequentando esse site obscuro). São mochilas que possuem estrutura rígida que pode ser de metal, carbono ou plástico, tem para todos os gostos. O papel dessa estrutura é transferir totalmente a carga para a barrigueira da mochila, evitando que o peso seja levado nos ombros. Essa estrutura aumenta a capacidade de carga e o conforto, permitindo carregar até mesmo 35kg (ou mais em algumas mochilas específicas para caçar link). É possível encontrar mochilas nessa categoria pesando algo entre 450g e 3kg. Como será explorado depois.


b) Estrutura Artificial: A segunda categoria são as mochilas sem estrutura incorporada mas com algum tipo de barrigueira para transferir peso. Elas permitem que itens como o isolante térmico sirvam como estrutura. Mas a estrutura também pode ser criada através do preenchimento interno da mochila, se ela ficar bem compacta igual a uma linguiça, ocorrerá a transferência de carga para a barrigueira também. Essa improvisação permite que pesos sejam carregados até certo patamar com razoável transferência de carga. Eu diria que o limite é até 11 ou 12kg para quem vai andar o dia todo. Para quem só vai andar até o quintal de casa ou parque da cidade (prática comum entre youtubers fazedores de review pra ganhar $$$ com links afiliados), dá pra levar mais peso. Para esse tipo de mochila, eu não passaria de 35L de volume interno. Pois normalmente volume trás peso, e usar mais que 12kg irá ultrapassar a capacidade de carga dessas mochilas. Uma das grandes vantagens desse tipo de mochila é a simplicidade, onde a chance de alguma peça ou ziper quebrar é bastante baixa.


c) Sem Estrutura: Essa categoria é para os highlander que levam todo o peso nos ombros sem ao menos usar uma fita na cintura para ajudar a transferência do peso. Eu já fiz travessias só com peso nos ombros e pra mim o teto para esse tipo de mochila é algo perto dos 7kg. Pesos acima disso começam a machucar demais a região dos ombros, em especial nas últimas horas do dia, e não compensam a economia de peso. Ainda assim, são alternativas para quem está leve e vai andar em travessias curtas. O fechamento das alças no peito ajudam no conforto dessas mochilas. A sensibilidade de cada pessoa para esse tipo de mochila varia, e muda com o passar do tempo na trilha. Uma pessoa em um thruhike longo como a PCT irá perceber a tolerância aumentar conforme os quilômetros aumentam. Não existem exercícios específicos que melhorem a capacidade de levar todo o peso nos ombros, a melhor forma de treinar isso é andando com a mochila mesmo.



Contudo, é importante demais o leitor entender que as categorias são dependentes da formatação da mochila. A grande maioria delas são HÍBRIDAS, ou seja, permitem que a mochila se enquadre em diferentes classes de acordo com a necessidade ou peso a ser carregado. Esse tema será melhor explorado ao final dessa publicação.


Recomendação: Mochilas com estrutura


Nesse caso, as duas mochilas de estrutura com melhor custo benefício hoje para quem está numa fase de transição para equipamentos leves é a mochila Ultralight da Alto Estilo 35+15 de 785g (link) (a unidade que eu tenho tem 42L de volume interno) e a mochila da Naturehike 40+5 de 1060g (link). Essas duas são as duas melhores opções para mochilas abaixo de 500 reais na minha opinião. Entre elas a minha escolha pessoal sem dúvida seria a da Alto Estilo (mais leve e confortável), essa é sem dúvida o melhor custo benefício para brasileiros para mochilas com estrutura, se você está pensando em usar ela sem a estrutura (sem as barras de alumínio internas removíveis), a minha afirmação deixa de ser válida, nesse caso é melhor buscar algo de volume menor, pois a mochila da alto estilo eu considero volumosa demais pra ser usada sem as estruturas.


Mochilas leves com estrutura própria. Para todos os bolsos e gostos


Review da mochila Ultralight da Alto Estilo. Essa mochila teve algumas modificações recentemente. Elas estão indicadas na descrição do vídeo acima no youtube. As mais significativas estão relacionadas ao tecido e bolsos laterais.


Acima de 500 reais, mas não tão caras, surgem algumas opções boas também. Uma dela é a mochila da 3F UL Gear Yue 45+10 UL de 1150g (link), essa possui preço abaixo de 1000R$ e é excelente apesar do volume mais elevado. Com capacidade de carga de 22kg, atende perfeitamente qualquer trekking na América do Sul. Ela pode ser adquirida em diferentes tipos de materiais como UHMWPE, LS21 e XPAC, entre estes três, eu pegaria em XPAC VX21 que é levemente mais cara que as outras opções. Outra alternativa é a Exos 38 da Osprey, essa mochila é muito conhecida e tem peso bom (link), apesar do preço elevado, é uma alternativa nacional encontrada nas lojas tradicionais. Outra alternativa existente e leve no mercado nacional é a Hiker 35+5 da Curtlo com 1,2kg (link), mas essa eu pessoalmente considero ter desenho ruim com a tampa capacete, costado exageradamente espumado e bolsos laterais ruins. Outra alternativa é a 3F Tutor Pro (link) que está para ser lançada, quando ela for lançada eu atualizarei esse texto.


Se você consegue acessar mercados internacionais, seja pelo tio rico ou usando algum redirecionador (shopfans ou usclorer), as opções são infinitas e eu não irei detalhar cada uma delas, apenas irei citar algumas que eu considero as mais sensacionais ou que possuem preço bom: a) SWD Movement 35 (link) b) LiteAF Ultra 40L Curve Full Suspension (link) c) Zpacks Arc Air 37+13L (link) d) Hyperlite 2400 Junction (link) e) Bonfus Framus 48L (link) f) Atom Packs The Atom (link).


Recomendação: Mochilas com estrutura artificial


Dentre as mochilas com estrutura artificial eu recomendo que não ultrapassem os 30 ou 35L internos (lembrem que o volume anunciado as vezes é maior pois contabiliza bolsos externos, se baseie sempre pelo volume interno). Esse vídeo abaixo publicado no canal do youtube recentemente mostra uma mochila sem estrutura recebendo uma estrutura artificial. Um isolante excelente para fazer estrutura artificial é essa esteira do Aliexpress: link.

Vídeo mostrando como montar uma estrutura artificial em mochilas sem estrutura


Hoje a principal alternativa de mochila deste tipo, para brasileiros, é a Ultralight Mini da Alto Estilo de 450g e 32L internos (link), a mochila acabou de ser lançada e tem barrigueira em fita com espumas móveis, eu já usei essa mochila em diversas travessias e achei muito boa a transferência de carga para pesos de até 10kg, acima disso também é possível usar, mas já começa a passar muito da capacidade. Ela possui tamanho único, então talvez não sirva para todos, em especial quem é baixo ou alto demais, o ideal é provar ela.


Abaixo desse valor ainda tem a mochila da 3F Qidian Pro 40+16 de 850g (link) que usa um isolante casca de ovo de estrutura. Nesse nosso clima úmido, usar o isolante fora da mochila com chuva é um ideia questionável devido a água que entrará nas mini fissuras do isolante, roubando seu calor para secar durante a noite. Eu recomendo ficar longe dessa mochila, a transferência de carga dela é bem limitado também, o isolante é macio demais pra transferir a carga decentemente, sem contar que o centro de massa da mochila estará afastado demais do corpo devido a grossura desses isolantes casca de ovo. Além disso, ela irá colar muito no torso, pois é mole e não dá pra afastar levemente do corpo como as de estrutura mais rígida permitem, prejudicando alguma possível ventilação. Se você cometeu o erro de comprar essa mochila, tente usar um isolante mais fino na parte de dentro dela ou o casca de ovo circular na parte interna (equipamentos no meio), isso deixará ela mais rígida, mas pra isso é fundamental socar bem as coisas dentro (o que é difícil devido ao elevado volume). Mas, novamente, minha opinião é que você não compre essa mochila para a categoria na qual está inserida.

Mochilas leves com estrutura artificial. Para todos os bolsos e gostos

É claro que nessa categoria (estrutura artificial) ocorre mistura das mochilas com a categoria anterior (estruturadas). Pois muitas mochilas de estrutura permitem que se remova as barras de alumínio, deixando elas nessa categoria. Algumas das mochilas que permitem que isso seja feito são a Ultralight da Alto Estilo que possui duas barras paralelas de alumínio (link) e a Movement da SWD, que possui uma única barra centralizada com uma guia externa (link), ambas mostradas na foto abaixo. Ao remover essas barras, elas entrarão na categoria de mochilas falada aqui. Esse conceito híbrido de mochilas será melhor explorado mais pra frente nesta publicação.


Esquerda: Mochila SWD Movement 35 com estrutura vertical removível. Direita: Mochila Ultralight da Alto Estilo com barras paralelas removíveis.


Se você consegue acessar mercados internacionais, as mais interessantes ou que possuem preço bom são (não irei citar as híbridas): a) MLD Burn 38L (link) b) Palante V2 (link) c) Bonfus Iterus 38L (link) d) Gossamer Gorilla 50 (link) e) ULA CDT (link) f) KS Packs (link).


Recomendação: Mochilas sem estrutura


As mochilas recomendadas nessa categoria são mochilas feitas especificamente para uso sem barrigueira e transferência de carga. Mas como foi citado anteriormente, as mochilas das categorias anteriores que possuem barrigueira removível também podem ser usadas neste estilo: Algumas delas são a Mini leve da Alto Estilo (link) e a SWD Movement 35 (link). Esse é um estilo de mochila complicado de discutir, pois até mesmo uma mochila de colégio de 20L poderia servir. Então, citarei algumas mochilas que possuem desenho funcional para trekking: bolsos laterais, sem zíper, etc.. Uma de fácil acesso é a Naturehike Frameless 20L (link), pesando apenas 340g, pode ser uma opção interessante. Muitas das mochilas dessa categoria possuem um loop de fita na parte baixo, que permitem que uma fita de barrigueira possa ser inserida.


Se você consegue acessar mercados internacionais, as mais interessantes ou que possuem preço bom são (não irei citar as híbridas): a) Palante Joey (link) b) Zpacks Subnero (link) c) AtomPacks The Atom (link) d) LiteAF Ultra 20L Curve (link). Mas, existe uma infinidade delas que se misturam com a categoria anterior.


Apesar de ser o tipo de mochila que alguns buscam, eu me posiciono bastante contrário a compra delas, pois uma da categoria anterior pode também ser usada nesse formato, basta deixar o rolo superior reduzido. E esse raciocínio leva ao item final dessa publicação, que é o conceito de mochilas híbridas.


Mochilas Híbridas


Quem acompanha as páginas do canal pode já ter percebido que eu uso muitos tipos de equipamentos. Isso é algo que eu gosto. Então, tenho mochilas diferentes para diferentes usos. Contudo, não é o que todos buscam, muita gente quer acertar na compra e não se preocupar mais com isso. Para esse tipo de comprador, uma mochila híbrida durável é a escolha mais adequada. Uma única mochila que faz quase tudo. Eu digo quase tudo, pois será difícil uma mochila servir para alta montanha e saídas curtas para trekking. Então, o conceito híbrido de ter uma única mochila se aplica a atividade de trekking (sem botas duplas e tudo que uma expedição mais extrema requer).


Para contextualizar o que seria essa mochila, vou usar de exemplo uma mochila que comprei recentemente. Ela é a Movement 35 da marca SWD. Sua modularidade e construção permitem que ela flutue pelas três categorias de mochilas citadas anteriormente, conforme mostrado na imagem. A adaptação para o tipo híbrido acaba trazendo um pouco mais de peso, mas ainda assim, fica leve e permite usar ela em muito mais configurações. São poucas as mochilas que permitem todas essas possibilidades de uso.


Mochila que permite adequar a construção em todas as categorias: SWD Movement 35.




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